O QUE É PRECONCEITO LINGUÍSTICO?

1.9.11

INTERTEXTUALIDADE: pensemos na estrutura desta palavra. O sufixo inter, de origem latina, refere-se à noção de relação (entre). Logo, intertextualidade é a propriedade de textos se relacionarem.

(...) a intertextualidade stricto sensu ocorra, “é necessário que o texto remeta a outros textos ou fragmentos de textos efetivamente produzidos, com os quais estabelece algum tipo de relação” (KOCH et al., 2007, p. 17).
Sendo assim, a intertextualidade stricto sensu pode ser verificada em quatro níveis distintos, quais sejam:
1 Intertextualidade temática
2 Intertextualidade estilística
3 Intertextualidade explícita
4 Intertextualidade implícita

EXEMPLOS

INTERTEXTUALIDADE ESTILÍSTICA

ORAÇÃO DOS PROGRAMADORES:
   
Sistema Operacional que estais na memória,
   Compilado seja o vosso programa,
   Venha à tela os vossos comandos,
   Seja executada a nossa rotina,
   Assim na memória, como na impressora.
   Acerto nosso de cada dia, rodai hoje
   Informai os nossos erros,
   Assim como nós informamos o que está corrigido,
   Não nos deixai entrar em
looping
,
   Mas livrai-nos do
Dump
,
    Amém.


ORAÇÃO DOS INTERNAUTAS

Satélite nosso que estais no céu, acelerado seja o vosso link, venha a nós o vosso host, seja feita vossa conexão, assim em casa como no trabalho.
O download nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai nosso tempo perdido no
Chat
, assim como nós perdoamos os banners de nossos provedores.
Não deixeis cair a conexão e livrai-nos do Spam.
Amém!








INTERTEXTUALIDADE TEMÁTICA

QUADRILHA
João amava Teresa,
que amava Raimundo,
que amava Maria,
que amava Joaquim,
que amava Lili,
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
(Carlos Drummond de Andrade)


Publicidade da Petrobrás- Sonho de consumo.


INTERTEXTUALIDADE IMPLÍCITA
 Bom Conselho
(Chico Buarque, 1972)

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade


Receita de herói

Tome-se um homem feito de nada
Como nós em tamanho natural
Embeba-se-lhe a carne
Lentamente
De uma certeza aguda, irracional
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois perto do fim
Agite-se um pendão
E toque-se um clarim
Serve-se morto.

(Reinaldo Ferreira em "Portos de Passagem" - João Wanderley Geraldi, São Paulo: Martins Fontes, 1991)


INTERTEXTUALIDADE EXPLÍCITA 
 
Quadro Negro
Se para Monteiro Lobato um país se faz de homens e livros, para os governantes diferente não poderia ser. (....) INEP




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